segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Rama e Sita

Sita significa literalmente "enrugada", ou seja, a linha feita enquanto se ara a terra, e no período védico ela foi uma das deusas associadas à fertilidade. O Kausik-sutra e o Paraskara-sutra associam-na várias vezes como a esposa de Parjanya (um deus associado às chuvas) e Indra.

Ela surgiu como uma importante divindade no Ramayana de Valmiki, escrito aproximadamente entre 200 AC e 200 DC, e vários vernáculos extraídos do mesmo, com conteúdos ligeiramente modificados, ao longo dos séculos seguintes. Estes textos enaltecem Rama e Sita como o casal divino, e inúmeras mitologias, lendas, e folclores giram em torno deles. Sita é sempre representada em associação com Rama, o seu marido, e Rama é fundamental para a sua vida e existência. Ela tem um papel dominante em toda a tradição mitológica hindu tão longe quanto o retrato da mulher e esposa ideal aparece. Ela representa a devoção da esposa, paciência e castidade. Ela obscurece várias outras esposas divinas hindu, como Parvati e Lakshmi, e outros semelhantes esposas dedicadas da mitologia hindu, como Savitri e Damayanti.

Sita foi a esposa de Rama, na realidade filha da deusa Terra e surgida num lago de dentro de uma flor de lótus. Foi encontrada pelo piedoso rei de Mitila, Janaka Maharaja, que a criou como uma filha. A narrativa purânica (ancestral) conta que o Maharaja Janaka era o guardião do famoso arco de Shiva, tão grande e pesado que era transportado por uma junta de dez bois enormes.

Sita é uma das divindades mais populares do Hinduísmo. Atualmente, Sita é associada a Rama, tal como a sua mulher, e ela recebe culto junto com seu marido Rama, sendo considerada uma das muitas encarnações de Lakshmi.

Rama é, na mitologia hindu, um dos avatares do deus Vishnu. A ele é dedicado o poema sagrado Ramayana, que juntamente com o Mahabharata compôem as mais respeitadas narrativas históricas da cultura védica.

Rama ou Ramachandra, Rama significa a fonte do todo o prazer, que é comparado a Chandra, a lua encantadora, ou aquele que brilha na Terra.

É o símbolo do grande homem, o perfeito filho, o perfeito marido, irmão, amigo e governante. Sua saga está descrita na epopéia litero-religiosa Ramayana, onde é relatado com detalhes seu casamento com Sita, e sua luta contra o demônio Ravana, o mais terrível demônio do mundo.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Durga

No Hinduísmo, Durgha ou Maa Durga (Mãe Durga) é uma forma de Devi, a deusa suprema. A Deusa Durgha é considerada pelos hindus como a mãe de Ganesha, Kartikeya, assim como de Saraswati e Lakshmi. Ela é considerada a forma da esposa de Shiva, a deusa Parvati, como caçadora de demônios.

Durgha é descrita como um aspecto guerreiro da Devi Parvati com 10 braços, que cavalga um leão ou um tigre, carrega armas e assume mudras, ou gestos simbólicos com a mão. Esta forma da Deusa é a encarnação do feminino e da energia criativa (Shakti).

A Grande Deusa Durgha é dita ser requintadamente bela. Sua imagem é extremamente brilhante (devi), com três olhos como lótus, dez poderosas mãos, cabelos exuberantes com formosos anelados, um vermelho-dourado brilhante de sua pele e um quarto crescente em sua testa. Ela usa um brilhante traje azul marinho que emite raios. Seus ornamentos foram lindamente esculpidos em ouro, cravejados de pérolas e pedras preciosas. Cada deus também lhe deu a sua arma mais poderosa, o tridente de Rudra, o disco de Vishnu, o raio de Indra, kamandal de Brahma, gada de Kuber, etc. Himalaia presenteou-lhe com um feroz leão dourado.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Lakshmi

Lakshmi ou Laxmi é uma divindade do hinduísmo, esposa do deus Vishnu, o sustentador do universo na religião hindu. É personificação da beleza, da fartura, da generosidade e principalmente da riqueza e da fortuna. A deusa é sempre invocada para amor, fartura, riqueza e poder. É o principal símbolo da potência feminina, sendo reconhecida por sua eterna juventude e formosura.Lakshmi é uma Deusa que é muito amada por seu povo. Foi ela que deu a Indra, o Rei dos Deuses, o soma (ou sangue do conhecimento) do seu próprio corpo para que ele produzisse a ilusão do parto e se tornasse o Rei dos Devas.

Pode ser vista sentada sobre uma flor de lótus, ou segurando flores de lótus nas mãos, e um cântaro que jorra moedas de ouro.

Geralmente atribui-se a Lakshmi o símbolo da suástica, que representa vitória e sucesso. Apadma é o nome dado a Lakshmi, quando representada sem o lótus, ao sair do Oceano.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Kwan Yin

A Deusa da Misericórdia (a Deusa da Compaixão) é a mais popular e difundida entre as divindades do Budismo Chinês. No entanto, somente agora o Ocidente começa a conhece-la. Kuan Yin existiu como pessoa e somente depois de sua morte foi transformada em Deusa. Enquanto viveu, percorreu o mundo e viu muita dor, então jurou proteger e amparar todos os humanos até que o último sofrimento acabe.

Kuan Yin, cujo nome significa "aquela que ouve os lamentos do mundo" é boddhisatva da Compaixão no budismo chinês. Ela vive em uma ilha paradisíaca de P'u T'o Shan, onde ouve todas nossas preces. Todos que trabalham com sua energia, sabem o quanto ela é doce e sutil, mas também o quanto é poderosa. Somente a menção de Seu Nome alivia o sofrimento e as dificuldades. Mesmo tendo alcançado a iluminação, ela optou por permanecer no mundo dos homens.

Kuan Yin é representada com um dragão, pois ele é o símbolo mais antigo da alta espiritualidade, a sabedoria, a força e os poderes divinos de transformação.

Algumas vezes, Kuan Yin é representada como uma figura muito armada, tendo em cada mão um símbolo cósmico diferente ou expressando uma posição ritual específica (mudras). Isto caracteriza a Deusa como a fonte e alimento de todas as coisas. As mãos dela formam freqüentemente o Yoni Mudra, simbolizando o útero como a porta para entrada para este mundo pelo princípio feminino universal.

Outras vezes, Kuan Yin é representada sentada sobre uma flor de lótus. Nas pinturas dos artistas tibetanos, linhagens de Budas e homens santos também aparecem flutuando sobre flores de lótus - uma representação dos tronos da suprema espiritualidade. Nas escrituras budistas do Tibet, conta-se que o pequeno Buda já podia andar ao nascer e que, a cada passo, brotavam flores de lótus de suas pegadas - um sinal de sua origem divina. Hoje, muitos monges e fiéis dessa religião visualizam essa mesma cena enquanto caminham, imaginando que flores de lótus surgem debaixo de seus pés. Com essa prática meditativa, acreditam eles, estariam espalhando o amor e a compaixão de Buda simbolizados pela flor.

Exatamente igual a Ártemis, Kuan Yin é uma deusa virgem que protege todas as mulheres e crianças. A simplicidade que esta Deusa da Clemência gera ao seu redor e entre seus devotos, é de um forte sentimento de fraternidade universal. Seus padrões morais e humanos tendem a nos conduzir para nos tornarmos mais compassivos e misericordiosos.